sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Um único tiro de fuzil matou mãe e filha no Morro da Quitanda, diz parente, que acusa PM: ‘Covardes’

Alex, no IML, à espera da liberação dos corpos da mãe e da irmã gêmea
Alex, no IML, à espera da liberação dos corpos da mãe e da irmã gêmea 
Foto: Fabiano Rocha / Extra

“Eles são tão covardes que conseguiram acertar minha mãe e minha irmã com um único tiro”. A frase foi dita por Alex dos Santos de Jesus, de 29 anos, que, nesta quinta-feira, teve a mãe e a irmã gêmea mortas durante uma operação do 41º BPM (Irajá) no Morro da Quitanda, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio. O rapaz acusa um PM de ter dado o disparo de fuzil que atingiu Maria de Fátima de Jesus, de 52 anos, no peito, e Alessandra de Jesus, de 29, na cabeça. Segundo o rapaz, o policial procurava um bandido e acabou acertando as duas mulheres.
- Estou tão chocado que não consigo chorar. Estou pedindo forças a Deus e estou pedindo sabedoria para assumir todas as responsabilidades - disse Alex, na manhã desta sexta-feira, enquanto esperava a liberação dos corpo no Instituto Médico-Legal (IML).
O desespero do rapaz
O desespero do rapaz Foto: Fabiano Rocha / Extra
De acordo com ele, a irmã pensava em se mudar do Morro da Quitanda para um lugar menos perigoso. Maria de Fátima havia ido à comunidade justamente para encontrar a filha e procurar com ela uma nova casa. As duas estavam na localizada conhecida como Favelinha quando foram feridas. Alessandra estava com a filha de 2 anos no colo. A menina não se feriu. Ela tinha outros quatro filhos.
Alessandra e a mãe, Maria de Fátima
Alessandra e a mãe, Maria de Fátima Foto: Fabiano Rocha / Extra
Já Maria de Fátima - que tinha quatro filhos - havia se mudado há 20 dias Costa Barros para São Pedro d’Aldeia, na Região dos Lagos. Segundo a família, ela estava cansada da violência do bairro da Zona Norte.
Mãe e filha serão enterradas às 16h desta sexta, no Cemitério de Inhaúma.
O 41º BPM informou que o policiamento foi reforçado nas imediações do Morro da Quitanda para evitar possíveis manifestações de moradores. Nesta quinta, logo depois de as mulheres terem sido baleadas, um grupo fez um protesto e tentou impedir que os PMs e o Caveirão deixassem a comunidade.






Mário Luiz (Carioca) com O Dia RJ

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