sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Delegada é detida na Operação Guilhotina no Rio de Janeiro

 
Rio - A delegada titular da 22ª DP (Penha), Márcia Beck, foi detida na manhã desta sexta-feira durante a Operação Guilhotina da Polícia Federal. Ela foi encaminhada para a Superintendência do órgão, no centro da cidade, para prestar esclarecimentos sobre um suposto envolvimento de policiais daquela distrital com milícias, contravenção e tráfico de drogas, entre outros crimes.
Agentes da PF fizeram buscas na Delegacia da Penha | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
A 22ª DP foi fechada nesta manhã pelos agentes da PF. Pelo menos três policiais da delegacia tiveram mandados de prisão expedidos pela Justiça. Armários e veículos foram revistados e uma caixa de munição, documentos e objetos dos policiais que estão com a prisão decretada pela Justiça foram apreendidos para averiguação.

Na 17ª DP (São Cristóvão), os policiais nada apreenderam. A distrital também havia sido fechada na manhã para as investigações dos agentes da PF, mas já foi reaberta.

Ação mobiliza 580 homens

A Operação Guilhotina foi deflagrada pela PF na manhã desta sexta-feira, com o apoio de 200 agentes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público Estadual (MPRJ). O objetivo é cumprir 45 mandados de prisão preventiva - sendo 11 contra policiais civis e  21 contra policiais militares -, e 48 mandados de busca e apreensão.

Cerca de 380 homens da PF participam da ação, que ainda investiga a ligação dos policiais com venda de armas e informações e o chamado "espólio de guerra", que é a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais, como ocorrido na recente ocupação do Complexo do Alemão.
Delegada da 22ª DP (Penha) chegou a ser detida | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
As investigações iniciaram a partir de vazamento de informações numa operação conduzida pela PF em 2009,  que tinha como principal objetivo prender o traficante Rupinol, que atuava na Favela da Rocinha junto Nem, apontado como o chefe do tráfico na comunidade. De acordo com a Polícia, um grupo de policiais é suspeito de receber até R$ 100 mil por mês para proteger Nem e o avisar sobre operações no local.

A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da SSP e outra da Superintendência da PF. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã.

Da Redação com O Dia

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