sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Noivo não premeditou morte da noiva e amigo em PE, diz polícia

Damascena matou Renata e o colega de trabalho Marcelo Guimarães, 40, com tiros de pistola, na madrugada de 19 de dezembro de 2010, durante a festa do casamento

O inquérito que apurou a morte da advogada Renata Alexandre Costa Coelho, 25, assassinada pelo noivo, Rogério Damascena, 29, durante a festa de casamento deles, em Aldeia (PE), concluiu que o crime não foi premeditado.
Damascena matou Renata e o colega de trabalho Marcelo Guimarães, 40, com tiros de pistola, na madrugada de 19 de dezembro de 2010, em um condomínio de alto padrão onde acontecia a festa. Em seguida, cometeu suicídio, disparando contra a própria cabeça.
Segundo o delegado da Polícia Civil responsável pelo caso, Igor Tenório Leite, o noivo não cometeu o crime para se vingar de uma suposta traição da noiva e do amigo, hipótese que chegou a ser cogitada no início da investigação.
A polícia, declarou Leite, não encontrou nenhuma evidência disso. 'Não houve premeditação', afirmou o policial. 'Os dois mal se conheciam, e Damascena tinha planos para os dias seguintes', afirmou. 'O homem foi morto de forma aleatória.'
Depoimentos de amigos e parentes à Polícia Civil revelaram que o rapaz nutria 'ciúme doentio' em todos os seus relacionamentos e 'tinha a sensação de que era constantemente traído', disse Leite. Segundo os relatos, ele chegou a agredir um amigo que beijou a mão da noiva.
PASSIONAL
Para o delegado, Damascena agiu por impulso. A festa já se aproximava do fim quando ele chamou os amigos e pediu que se aproximassem. Em seguida, anunciou que faria uma surpresa.
O rapaz foi até o estacionamento e voltou com uma arma escondida. Depois, abraçou a noiva e atirou na cabeça dela e em direção ao grupo de amigos, afirmou o policial.
'Houve aquela correria, e Marcelo Guimarães foi quem ficou na frente dele', disse. O colega de trabalho levou cinco tiros. Após o crime, o noivo disparou contra a própria cabeça. Ele ainda foi socorrido, mas morreu no hospital.
'O motivo foi passional, mas ninguém sabe o que o levou a agir daquela forma e naquele momento', declarou o delegado. 'Nada aconteceu de anormal na festa, foi alguma coisa subjetiva que ele interpretou à sua maneira. Isso morreu com ele.'
O pai do noivo, João Bosco Damascena, que pegou a arma antes de a polícia chegar e a escondeu por quatro dias, foi indiciado sob suspeita de ter alterado o local do crime e por suposto porte ilegal de arma de fogo.
Da Redação com a Folha Online

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