Centenas de milhares de devotos vão às celebrações para São Jorge pela cidade
No Centro, 180 mil devotos assistem ao Auto de São Jorge e, em Quintino, 500 mil visitam paróquia
Angélica Fernandes
, Marcello Victor
, Maria Luisa Barros
e Nonato Viegas
Rio - As homenagens a São Jorge, o mais popular
entre cariocas, começaram de madrugada, antes de o sol raiar, e se
estenderam até a noite, reunindo centenas de milhares de devotos em
missas de hora em hora nas quatro paróquias dedicadas ao santo na cidade
— no Centro, em Quintino, em Bento Ribeiro e Santa Cruz — além de
procissões, cavalgadas, queimas de fogos e o auto no palco montado ao
lado do Campo de Santana. O espetáculo, que voltou a ser realizado pela
Arquidiocese após 20 anos, começou às 18h e reuniu 180 mil pessoas.
Ato sobre a história do Santo Guerreiro emocionou fiéis no palco montado ao lado do Campo de Santana
Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia
A encenação da história do Santo
Guerreiro emocionou fiéis. Moradora de São João de Meriti, a diarista
Sandra Carvalho de Oliveira, de 42 anos, chegou à paróquia na Praça da
República ao meio-dia, onde assistiu a uma das missas, e terminou o dia
assistindo à peça. “Já passei por muitas dificuldades nesta vida.
Nenhuma me venceu, graças a meu São Jorge Guerreiro”, contava,
incentivada pelas pessoas à sua volta. “Nunca precisei nem do feriado
para vir. Vinte e três de Abril sempre é dia santo para mim.”
Na Zona Norte, devotos lotaram a
paróquia de Quintino, que atraiu cerca de 500 mil pessoas, segundo os
organizadores. Às 10h, o cardeal arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta
falou aos fiéis sobre a importância de São Jorge para os cariocas.
“Desejo que todos possam ter perseverança na fé, seguindo o exemplo de
São Jorge e tenham esperança de tempos melhores, vencendo os dragões que
temos na vida. Que essa devoção possa contagiar a todos”, declarou.
Dom
Orani: ‘Desejo que todos possam ter perseverança na fé, seguindo o
exemplo de São Jorge, e tenham esperança de tempos melhores’
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Para dar conta da multidão em
Quintino, alto-falantes foram instalados nos postes ao redor da igreja
para que os devotos que não conseguiam entrar pudessem acompanhar as
celebrações. Vestidos de vermelho e branco, eles pediam proteção e
agradeciam por graças alcançadas, como a doceira Andreia de Almeida
Guimarães, 46 anos.
“Meu neto Victor, de 3 anos, sofreu muito para
nascer. Ficou 11 dias na UTI. Pus uma imagem do santo no bercinho. Ele
recebeu alta no dia de São Jorge. Desde então, eu, que já era devota,
trago Victor todos os anos para agradecer”, disse. Como ela, o taxista
Mário de Luca Botelho, 65 anos, carrega com ele a imagem do santo
mártir. “Quase fui assaltado por um passageiro. Ele desistiu quando viu a
imagem de São Jorge. Ele é poderoso”, diz o motorista.
Enquanto em Quintino, a organização estava
impecável, no Centro, houve reclamações dos fiéis, principalmente por
conta das filas. “Respeitamos a fila numa boa, mas quando chega próximo à
igreja, um monte de gente entra na frente”, apontou a devota Luciene
Lima, 48, que entrou na fila na altura da Central do Brasil. No outro
acesso à capela, a fila passava de dois quarteirões.
Celebridades mostram devoção nas ruas e nas redes
A tradicional alvorada no Centro do Rio teve a
participação especial do cantor e devoto Jorge Ben Jor, que fez questão
de vender rifas para ajudar nas obras da igreja.
Zeca Pagodinho monta o altar em homenagem a São Jorge
Foto: Reprodução Internet
“Venho com meus pais desde que era
pequeno. É mais uma ano de pura devoção a São Jorge. Tem hora que parece
que ele está na bateria, regendo tudo na minha vida”, declarou o
cantor. Já o cantor Zeca Pagodinho publicou foto no Facebook, montando o
altar para o Santo Guerreiro.
Sincretismo religioso na festa do santo
Pais de santo e baianas dividiram espaço com
fiéis católicos de São Jorge ontem, no Centro, durante as comemorações
do santo guerreiro. Com arruda, arroz e alfazema, líderes do candomblé
fizeram rituais de limpeza evocando Ogum — São Jorge no sincretismo
religioso — naqueles que quiseram garantir outras proteções.
“No candomblé, Ogum é que abre os caminhos.
Fazemos aqui uma cerimônia de axé para perseverança”, explicou o pai de
santo João Carlos Santos. “É importante receber bênçãos de todos os
lados. Mal não vai fazer”, apontou a doméstica Rosilene Lucia Silva, 54.
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